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  • Tiago Amaral

"De zaragatoa em zaragatoa..."


Ontem poderia ser mais um dia qualquer na vida de um enfermeiro ou qualquer outro profissional de saúde que está todos os dias na linha da frente.


Desde o início da pandemia lembro-me de ter sido "testado" 1 (uma) vez desde Março... Sou crítico em relação a esta política mas isso fica para outra altura... o que me leva a escrever estas linhas foi o final de dia de ontem...


Na sequência de um tratamento oral tive de fazer um teste pelo menos 72 horas antes do mesmo. Nada mais do que aproveitar para estar da "Redzone" e ser "vítima" da zaragatoa.

Lá para o final do turno, marcavam aí umas 22h liguei para o laboratório e consegui obter o resultado: negativo.


Saído de dois turnos, no total de 16 horas, e de um "valente banho", passava já da meia noite quando a caminho, de casa, desviei para a esquerda e fui visitar os meus pais que já não abraçava desde o primeiro (e único ) teste (em Março). O meu pai ainda estava acordado e acho que tive uns bons minutos a abraçá-lo. A minha mãe já dormia... acordou "em três tempos" e foi mais um "daqueles abraços"...


Hoje vou fazer tarde... entro às 16h00... de manhã dormi... estava cansado depois do dia de ontem...


Apetecia-me ir jantar com eles e com a minha avó (que já não visitei esta madrugada por ser muito tarde e à qual não vou dizer que fui a casa dos pais senão!)... mas não posso... vou fazer tarde. Tem de ser!


E jantar amanhã? Amanhã também não... porque amanhã já não sei se estarei positivo. O risco de quem está da linha da frente é grande e não o farei...


Fica até à próxima zaragatoa... talvez...


PS: um abraço para todos os que têm a família longe


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